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| Joao M. e Fanny em momento romântico |
A portuguesa que veio dos Alpes e o algarvio da Casa entregam-se à sensualidade do ritmo africano. Os ritmos da kizomba irrompem pela Casa dos Segredos e arrastam os concorrentes para uma matiné dançante no Jardim. Fanny, como já vem sendo habitual, está na linha da frente. Primeiro sozinha e na beira da Piscina, depois fazendo par com a sempre disponível Cátia. João M., esse, observa da espreguiçadeira. Subitamente, resolve levantar-se e tirar Fanny para dançar. Ela larga prontamente os braços de Cátia e deixa-se envolver pelo abraços do algarvio. Muito agarradinhos e cobertos pela mesma manta, os dois dançam no Jardim. O enlevo da portuguesa dos Alpes é evidente. João M. mostra-se bastante sedutor e, apesar de nunca deixar de se admirar no reflexo das vidraças, não poupa festas, carinhos e outras meiguices equivalentes.
Depois de um instante 'olha-me nos olhos', o clima romântico acentua-se e, comovida, Fanny deixa rolar algumas lágrimas pela face. João M. abraça-a mais ainda e enxuga-lhe ternamente o choro silencioso. Mostra-se especialmente sedutor e empenhado. Os outros, por sua vez, apercebem-se da intimidade do momento e dão uma ajuda ao par: retiram-se discretamente, mudam a pista de dança do relvado para a Sala e deixam-nos a sós no Jardim. Sempre em passo de kizomba, Fanny suspira: «A Voz parece que me lê o pensamento!... Esta música foi mesmo... Se agora, então, tocasse a minha preferida... a do Anselmo... aí é que ia ser bom: escandaleira!», exclama.
A Voz, porém, não lhe faz a vontade: há kizomba e chega. João M. também parece concordar: chega. Cheio de charme, beija a mão da 'bela portuguesa' e afasta-se envolto na sua longa manta vermelha. Ainda a levitar, de olhar no céu e coração nas nuvens, Fanny acende um cigarro e senta-se com a sua amiga Cátia no Alpendre. Tece alguns comentários sobre o «desgosto» profundo que Diogo lhe causou e perde-se depois em considerações sobre João M., tais como: «É que o João M. tem mesmo aquele feitio que eu gosto nos homem. E depois tem aquele olhar bué profundo!...».
«Ele olhou por ti de um jeito», lembra Cátia, «Ele deve gostar de ti, não deve?!». Fanny omite a resposta, mas lá deixa suspenso no ar: «Olha, eu vou seguir o meu coração, já te disse!...». E, em seguida, como se reflectisse em voz alta, acrescenta: «E a Voz fez-me um grande 'open eyes' ("abr'ólhos"). Eu já perdi a conta aos 'open eyes' que a Voz me deu!...».
Depois de um instante 'olha-me nos olhos', o clima romântico acentua-se e, comovida, Fanny deixa rolar algumas lágrimas pela face. João M. abraça-a mais ainda e enxuga-lhe ternamente o choro silencioso. Mostra-se especialmente sedutor e empenhado. Os outros, por sua vez, apercebem-se da intimidade do momento e dão uma ajuda ao par: retiram-se discretamente, mudam a pista de dança do relvado para a Sala e deixam-nos a sós no Jardim. Sempre em passo de kizomba, Fanny suspira: «A Voz parece que me lê o pensamento!... Esta música foi mesmo... Se agora, então, tocasse a minha preferida... a do Anselmo... aí é que ia ser bom: escandaleira!», exclama.
A Voz, porém, não lhe faz a vontade: há kizomba e chega. João M. também parece concordar: chega. Cheio de charme, beija a mão da 'bela portuguesa' e afasta-se envolto na sua longa manta vermelha. Ainda a levitar, de olhar no céu e coração nas nuvens, Fanny acende um cigarro e senta-se com a sua amiga Cátia no Alpendre. Tece alguns comentários sobre o «desgosto» profundo que Diogo lhe causou e perde-se depois em considerações sobre João M., tais como: «É que o João M. tem mesmo aquele feitio que eu gosto nos homem. E depois tem aquele olhar bué profundo!...».
«Ele olhou por ti de um jeito», lembra Cátia, «Ele deve gostar de ti, não deve?!». Fanny omite a resposta, mas lá deixa suspenso no ar: «Olha, eu vou seguir o meu coração, já te disse!...». E, em seguida, como se reflectisse em voz alta, acrescenta: «E a Voz fez-me um grande 'open eyes' ("abr'ólhos"). Eu já perdi a conta aos 'open eyes' que a Voz me deu!...».
