João M. foi vítima de violência doméstica por parte de uma ex-namorada. A família sabia do problema e relata o sofrimento por que passou
“Chorámos muito com todo este problema”, confessa a mãe do concorrente, Paula Mota, em exclusivo à tvmais. Apenas um dia depois de João M. ter contado, em direto, o que sofreu às mãos de uma ex-namorada, a família do jovem algarvio revelou o contentamento por as coisas terem chegado ao fim. O concorrente do reality show falou da relação violenta que teve quando tinha apenas 16 anos. “O meu segredo é que já fui vítima de violência doméstica”, revelou o jovem, de 21 anos, na gala de 11 de dezembro, relatando a “primeira agressão mais grave” que sofreu, algum tempo depois de o namoro começar: “Estávamos na sala a ver um programa de televisão e apareceu a Cláudia Vieira. Elogiei-a e essa pessoa deu-me um pontapé na cara e fiquei a sangrar do nariz”. João M. continuou com a namorada porque, “apaixonado”, só “pensava com o coração”. As coisas prosseguiram, piorando quando os dois se mudaram para Lisboa, para estudar, e passaram a viver juntos. “Existiam mais agressões e ela expulsava-me de casa.” João garante que não sabe onde está a ex-namorada e que não voltou a apaixonar-se.
“É uma simples amizade”
Patrícia e Alexandre não acreditam numa relação amorosa entre João M. e Fanny. “Aquilo que ele tem por ela é uma simples amizade”, frisam, mostrando-se um pouco tristes por a jovem suíça se ter excedido em algumas situações. “O próprio João já disse que era muito difícil apaixonar-se por ela. Acho que não é o estilo do João. Se ela quiser tê-lo como amigo, vai ter. Como namorado, conhecendo-o como o conheço, acho um bocado difícil.”
Dor de mãe
“Neste momento, sinto-me muito bem, aliviada e feliz. O nosso pesadelo terminou. Sofremos muito com esta relação, a dor era muito grande. O meu João libertou-se finalmente de um fantasma que o atormentava há muito tempo”, confessou Paula Mota, que cedo se apercebeu do sofrimento do filho. “Chorámos juntos, pois ambos sabíamos que aquilo estava errado e o meu filho não merecia. Assisti a alguns episódios, mas prefiro não comentar… Vi que aquela namorada era a mulher errada na vida dele”, atira a progenitora, que, apesar de sempre ter aconselhado João, deixou a decisão nas mãos do jovem. “Foi muito doloroso para toda a família. Como mãe, toda esta situação foi um pesadelo”, atira, garantindo que, apesar de tudo, sempre tratou bem a ex-namorada do filho. “Dei-lhe alguns conselhos, mas tinha a noção de que entravam por um lado e saíam pelo outro. Tinha uma personalidade muito esquisita. Nunca percebi aquela cabeça”, conta Paula, que também desabafava com a mãe da jovem. “Inicialmente, não tinha qualquer relacionamento com a família dela, mas depois fui tendo uma relação muito boa com a mãe. A senhora adorava o meu João. Claro que se foi apercebendo da degradação da relação”, revela, adiantando que confrontou a mãe da jovem com as agressões que existiam. “Falámos muitas vezes sobre alguns episódios mais violentos a que filha sujeitava o meu João. Como é natural, sempre defendeu a filha, nunca escondendo que as atitudes dela eram exageradas.” Paula Mota garante que João nunca respondeu com violência: “Fiz questão de perguntar à mãe da namorada e ela confirmou que o João nunca lhe tinha tocado ou teria sido agressivo. Chegámos à conclusão de que aquilo não era amor, mas, sim, uma relação doentia”.
O pai de João, Urbino Mota, foi apanhado de surpresa com as revelações. “Sabia de algumas situações, mas não das que o João falou na gala. Ficou em estado de choque”, diz a mãe do algarvio.
Cego por amor
“Sabíamos, mas estávamos à espera de que fosse o João a revelar, porque é algo da sua vida e competia-lhe a ele contar. Acompanhámos algumas coisas…”, conta Patrícia Mota, irmã mais velha do jovem, revelando que o seu marido, Alexandre Mota, era o grande confidente do jovem. “Sentia dor no que ele dizia. Não me contava pormenores, mas presenciei, diversas vezes, alguns momentos maus que ele passou no Algarve”, atira o cunhado de João M., confessando ter testemunhado casos de choro e dor quando a ex-namorada o afastou da família. “Ela tinha quase controlo total sobre o João. No entanto, penso que ela gostava dele e acredito que hoje, depois de tudo o que lhe fez, deve estar muito arrependida. Gostava que essa rapariga assumisse os erros e que admitisse o que fez ao João”, acrescenta Alexandre, explicando que naquela altura João “não conseguia ver a realidade” que estava a viver. “Dei-lhe conselhos, mas ele na altura só via a namorada. Nem queria que falássemos com ela, sempre a protegeu. A nossa revolta era grande”, afirmam, lamentando que a jovem tenha conseguido, nessa fase, afastar João da família, a quem sempre foi “tão ligado”. A relação durou mais de três anos e acabou por decisão do rapaz. “Comunicou à família quando terminou. Disse apenas que não queria falar de nada. Ele sofreu muito mesmo, porque gostava dela”, conta a irmã de João M., enviando uma espécie de mensagem à jovem. “Ela tinha um namorado que a amava, superinteligente, supereducado, com princípios, que gostava mesmo muito dela, e foi pouco inteligente em não saber aproveitar essa relação”.