Teresa Guilherme que tem comentado o sucesso do programa e a concorrência da SIC, confessa que ficava muito admirada se a 'Casa dos Segredos 3' perdesse na 'guerra' das audiências com o 'Toca a Mexer' uma vez que "a ‘Casa dos Segredos’ é um formato muito forte". A apresentadora da segunda e terceira temporada revela ao Correio da Manhã, que já tem favoritos no Secret Story 3 da TVI, mas tudo isso é relativo e "isso muda, as pessoas que dão um belo casting, podem não dar um belo concorrente." Para Teresa Guilherme, Manuel Luís Goucha podia apresentar a 'Casa dos Segredos 3' porque "sem dúvida que se ia divertir".
Entrevista de Teresa Guilherme ao Correio da Manhã:Estamos a dois dias da estreia da terceira ‘Casa dos Segredos’... Teresa Guilherme: [suspira] Isso dá-me logo um pânico…
Ainda fica muito nervosa antes da estreia? Teresa Guilherme: O primeiro programa é de muita responsabilidade… é enorme… é um virar de página porque, mal os concorrentes entram, começa um novo tipo de envolvimento. Antes, só os conheço pelas fotografias, questionários e castings em vídeo. Depois, tudo muda.
Que novidades podemos esperar do formato? Teresa Guilherme: O programa de terça-feira não vai ser como o do ano passado. Vai ter umas surpresas, mas mais não posso revelar.
Já viu a casa? Teresa Guilherme: Perguntaram-me se queria ver mas disse que era uma perda de tempo e só via no ensaio. As pessoas têm muita curiosidade é de ver onde estão as câmaras escondidas, que filmam a casa. Nunca fui a essa área.
Nunca foi? Teresa Guilherme: Não. Quero ter a mesma perspectiva que as pessoas têm dos concorrentes. E sou fácil de influenciar… começo a criar os meus favoritos... que, normalmente, as pessoas não acertam quem é. Acham que é meu favorito quem não é.
E já tem favoritos para esta edição? Teresa Guilherme: Claro. Mas isso muda. As pessoas que dão um belo casting, podem não dar um belo concorrente.
Daquilo que já pôde ver, temos um "belo casting"? Teresa Guilherme: É complicado. Aquilo que vemos não quer dizer que seja aquilo que depois passa para fora. Nunca se sabe o que temos… esperemos que sim, que sejam bons.
Como é o seu dia-a-dia? Teresa Guilherme: Escrevo à sexta-feira e ao sábado. Ao domingo vou à gala. Na segunda-feira volto à escrita e à terça-feira vou para a TVI para as nomeações. Quarta há reunião para fazer um balanço e na quinta estou livre. Mas o que faço normalmente é rever os diários dessa semana.
Portanto, está sete dias dedicada à ‘Casa’… Teresa Guilherme: Sim. Há sempre alguma coisa a acontecer. E a minha obrigação é estar sempre a acompanhar.
Só vê as imagens que os espectadores têm acesso? Teresa Guilherme: Vejo o que os espectadores vêem, apesar de poder ter acesso a mais. Mas sei tudo e mais alguma coisa sobre os concorrentes, mesmo aquilo que eles escondem.
O que responde a quem diz que o programa é telelixo? Teresa Guilherme: Digo que há muitos espectadores lixo. Gostava de saber o que não é telelixo. É a informação? É a ficção? Não, o telelixo é tudo o que é divertido e inconsequente. Percebo que as pessoas digam que a ‘Casa dos Segredos’ ou o ‘Big Brother’ são polémicos, não acho, mas pronto. Lembro--me de conversar com o José Eduardo Moniz e ter dito que íamos abrir a porta a um monstro que não mais iria sair.
Acredita que esse ‘monstro’ vai ficar muito mais tempo? Teresa Guilherme: Não vai passar. A partir do momento em que algumas barreiras se quebram… O povo tomou conta da televisão. Sempre defendi que todas as pessoas têm uma história para contar. Agora, surpreende-me como é que a Fanny, o Ricardo ou o Marco [concorrentes da 2.ª temporada de ‘Casa dos Segredos] ainda são capa de revista.
Os concorrentes estão a ter mais tempo mediático do que é normal… Teresa Guilherme: Há muita história para contar. Sou boa a contar histórias, a puxar por eles. Mas é preciso que tenham alguma coisa.
E vê-se a continuar neste ‘monstro’ por muito tempo? Teresa Guilherme: Enquanto me divertir, sim. Maça-me um bocado que tenha sido produtora de tudo e mais alguma coisa, mas este programa tenha uma força tal que as pessoas só me ligam a ele. Na realidade, sou produtora. Não me sinto apresentadora. A apresentação é uma coisa que faço só porque me diverte. A ‘Casa’ não é o que faço melhor. Vou ter de voltar à produção senão saio desta profissão com um amargo de boca.
Então, até quando quer ser apresentadora? Teresa Guilherme: Essa coisa do ‘muito mais tempo’ começa a ser um desafio engraçado porque não há muitas pessoas da minha idade a apresentar TV. Isso é giro.
É um desafio tentar chegar o mais longe possível? Teresa Guilherme: É mesmo.
Em termos de audiências, o que espera desta edição? Teresa Guilherme: Não sei, porque as audiências mudaram…
É a sua estreia no novo sistema… Teresa Guilherme: Ninguém acredita muito nestas audiências, verdade?
Como encara a concorrência do ‘Toca a Mexer’ (SIC)? Teresa Guilherme: Não sei bem o que é esse programa. Só digo que o nome é ‘mixuruco’ e me dá vontade de rir (risos).
Não faz ideia do que é? Teresa Guilherme: A mínima. Só sei que são os gordinhos que dançam. Mais nada. É-me indiferente. Aliás, o programa não é conhecido em lado nenhum.
Vai fazer questão de ver? Teresa Guilherme: Não dá tempo. Os portugueses ficavam mais satisfeitos se as galas destes programas fossem em dias diferentes, um ao sábado e outro ao domingo. Assim já dava para eu ver.
O seu seria o de domingo? Teresa Guilherme: Para mim, é-me igual.
A Bárbara Guimarães foi uma boa escolha para apresentar o ‘Toca a Mexer’? Teresa Guilherme: Produzi alguns dos programas que a Bárbara apresentou e dou-me bem com ela. Tenho a certeza que vai dar o melhor.
Ficava admirada se o ‘Toca a Mexer’ ganhasse à ‘Casa dos Segredos’? Teresa Guilherme: (risos) Ficava muito admirada se perdesse para a SIC. Pode ficar equilibrado. O ano passado, os gordinhos [‘Peso Pesado’] não fizeram mal. Mas ficava surpreendida se acontecesse. Por um motivo: a ‘Casa dos Segredos’ é um formato muito forte.
O conflito com a Júlia Pinheiro está ultrapassado? Teresa Guilherme: Esse conflito nunca existiu. O que disse foi que, para este tipo de programa, que precisa de muita pesquisa, de uma aplicação exagerada, a minha apresentação funciona melhor. A Júlia é mais improvisadora. Não é melhor ou pior, é outra coisa. Ela é, por exemplo, melhor a fazer programas de dia.
Chegaram a trocar insultos. Teresa Guilherme: Não foram insultos. Foi um momento. Ela também já veio dizer que foi um disparate.
Já se voltaram a cruzar? Teresa Guilherme: Não. Nunca fomos amigas. Mas também gosto muito da Bárbara [Guimarães] e não me dou com ela no dia-a-dia.
Mas provavelmente terá mais prazer em cruzar-se com ela do que com a Júlia Pinheiro... Teresa Guilherme: Se calhar, nesta altura, até tinha mais curiosidade em encontrar a Júlia.
O que lhe diria? Teresa Guilherme: Nada… ‘oi’, ‘olá’… (risos).
Há outras pessoas que podiam apresentar a ‘Casa dos Segredos’? Teresa Guilherme: Claro, com um estilo diferente. O Manuel [Luís Goucha] tem um estilo, o [José Carlos] Malato tem outro… estou já a falar de pessoas que gosto muito, são óptimos…
E que poderiam apresentar a ‘Casa dos Segredos’… Teresa Guilherme: O Manuel Luís sem dúvida que se ia divertir. O Malato, li uma vez que disse que era incapaz de apresentar um reality show, mas acho que teria imensa graça. O formato só por si tem valor, um apresentador pode é acrescentar alguma coisa, ou não. Mas dificilmente estraga.
Foi contratada só para fazer a ‘Casa dos Segredos’. Não gostava de ter um vínculo permanente com um canal? Teresa Guilherme: (risos) Não. Como apresentadora, não.
Nunca quis? Teresa Guilherme: Nunca.
Porquê? Teresa Guilherme: Gosto de sentir que estou por prazer, não por obrigação.
Não haveria nenhum cargo que a fizesse aceitar a proposta de um canal? Teresa Guilherme: Sou sensível a mudanças, portanto acho que sim. Mas o que me interessa agora é produzir ou ligar-me a um canal de cabo.
Dirigir um canal de cabo? Teresa Guilherme: Sim. Dirigir, programar, produzir, descobrir pessoas novas.
O que é que esse canal teria? Teresa Guilherme: Tudo. Seria um canal feminino.
Está convencida de que essa ideia se vai concretizar? Teresa Guilherme: Vai. Já teria acontecido se não tivéssemos a passar estes anos de crise.
Qual foi a coisa mais importante que já lhe disseram profissionalmente? Teresa Guilherme: O Carlos Cruz uma vez disse--me que quando eu descobrisse o público numa câmara ia ser uma boa apresentadora. Isso marcou-me.
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